O nome desta doença elucida bastante o seu
significado, deriva da expressão inglesa que poderia ser traduzida como "queimar
por completo".
É como quando a chama se apaga, porém, não nos
referimos a condições momentâneas e sim quando o desgaste profissional é tão
grande que nos afeta como um todo (psíquica, emocional e fisicamente).
Muitas
vezes, pelas condições da nossa sociedade atual, esquecemos que a vida
profissional é só um aspecto da nossa vida; é comum observar cada vez mais como
o trabalho acaba tomando conta das pessoas, minando as possibilidade de
desenvolvimento integral.
Em um
contexto onde cada vez menos temos tempo para refletir sobre o nosso estado
emocional, espiritual, psicológico; onde os momentos de contato com nós mesmos,
os instantes de tranqüilidade são cada vez mais escassos; só percebemos que algo não anda bem quando já
se faz absolutamente necessária a ajuda profissional
Profissionais
da educação, saúde, assistência social, policiais, bombeiros e similares devem
estar atentos a esta doença. Um ambiente de trabalho desgastante, tanto física
como emocionalmente, pode levar a um esgotamento emocional e psicológico muito alto criando
condições favoráveis para gerar este
quadro. O envolvimento interpessoal direto e intenso deixa estes profissionais
vulneráveis.
Aqueles
trabalhadores que são obrigados a enfrentar jornadas duplas ficam muito mais
expostos a este tipo de desgaste. Dessa forma, educadores que às vezes
trabalham em três períodos devem ficar especialmente atentos.
Agressividade,
mudança repentina de humor, esgotamento físico e emocional, irritabilidade,
dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, pessimismo e baixa
autoestima são geradas por este desgaste,
sendo possíveis manifestações desta síndrome.
A síndrome
pode também se manifestar fisicamente com insônia, dor de cabeça, pressão alta,
dor muscular, crise de asma, distúrbios gastrintestinais.
Cuidado
quando!
- Existe uma necessidade constante de afirmar e provar
que sempre é capaz; é importante reconhecer os nossos limites.
- Em
relação ao trabalho, sentimos a necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer
hora do dia (imediatismo).
- Comer,
dormir, descansar, relaxar começam a perder o sentido ou ficam para um segundo
plano.
- Sabemos
que alguma coisa não está certa, porém não enfrentamos o problema ou
constantemente deixamos para depois.
- A única
coisa que tem sentido é o trabalho, há um isolamento cada vez maior.
- Existe a percepção
de que só nós sabemos fazer as coisas. Ninguém consegue o nosso desempenho.
-
Evidentemente o pavio fica cada vez mais curto. Há dificuldade de aceitar
brincadeiras.
- Se evita
o diálogo direto privilegiando emails, mensagens e outros.
- Há uma
sensação de vazio e todo aparece como difícil e desgastante.
- Há uma
sensação de que as coisas perderam o sentido.
Se os itens
antes descritos começam a aparecer com freqüência, chegou a hora de refletir e
procurar a ajuda de um profissional competente
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